Hoje é o Dia Internacional da Mulher.
Já tive a oportunidade de escrever sobre
isso anteriormente; eu não concordo com a data – aliás não concordo com datas
comemorativas de forma geral.
Neste dia as mulheres todas recebem atenção,
botões de rosa, bombons, verdadeiras declarações de amor de seus maridos,
filhos, chefes, subalternos, amigos e etc.
Se duvidar até o Porteiro do prédio se
apressa em cumprimentar as moradoras e o Ascensorista do escritório também não
vai deixar a data passar em branco.
E nos outros dias?
Ah, nos outros dias a mulher volta a ser
escravizada pelos compromissos, soterrada por inúmeras obrigações, prisioneira
de sua família, enlouquecida pelo binômio casa-trabalho. Quase ninguém se lembra dela como mulher.
Teoricamente liberta nos anos 60 com a
revolução sexual liderada por Betty Friedan no seu emblemático livro A Mística Feminina (1963), a mulher se
viu, de repente, presa no emaranhado da vida moderna, compromissada com o
desenvolvimento de uma sociedade que ela ajudou a criar.
A partir daí, a mulher abandonava
definitivamente a vida doméstica e o cuidado exclusivo do lar e filhos para ser cada vez
mais atuante no mercado de trabalho, onde conseguiu se firmar com espantosa
velocidade. De forma irreversível dava adeus ao sossego da casa para se tornar
empresária, profissional liberal ou executiva tomando importantes decisões.
Assim, muito particularmente acredito que o
Dia da Mulher não pode se resumir num único dia – mas deve ser comemorado todos
os dias! Basta de hipocrisia pois mulheres e homens não são rivais mas sim parceiros,
ambos trabalhando em pról de um mundo melhor para todos.
Por isso o meu discurso é um pouco
diferente: parabéns às mulheres não só por hoje mas por todos os dias,
agradecendo pela companhia nessa nossa caminhada pela existência terrena! É
graças à mulher que o mundo evolui com mais harmonia, graça, sabedoria e
equilíbrio!
Precisa algo melhor?