sexta-feira, 26 de agosto de 2011

As Polegadas do Facebook

Há algumas semanas comecei a reparar, através do Facebook, recados das garotas com a citação de algumas polegadas. Não sei se todos já perceberam isso mas de vez em quando surge lá alguém postando “37 polegadas”, “36 polegadas” e assim por diante. Não vou mentir, fiquei curioso e perguntei às minhas amigas que postavam isso e obtinha como resposta “kkk”. Algumas me chamaram de curioso e tome “kkk”.

Percebendo que lidava com um complô feminino, resolvi vasculhar a Internet à procura de pistas... e descobri o grande segredo!

Trata-se de um movimento, surgido sabe Deus onde, para alertar sobre a prevenção do câncer de mama.

Pelo que li em vários sítios da Internet, já houve movimentos assim, anteriormente. Logo no primeiro ano, as mulheres diziam a cor do sutiã que estavam usando, no ano seguinte tinham que declarar o lugar da casa onde deixavam a bolsa e, neste ano, colocam o número do sapato que calçam seguido da palavra “polegadas”.

Por absurdo que pareça, significativa parcela das garotas na Internet não sabe disso. Algumas sequer sabem o que são “polegadas”. Encaram como simples brincadeira, uma forma de aguçar a curiosidade masculina.

Eu fico me perguntando como proclamar a cor do sutiã, dizer onde guarda a bolsa e divulgar o número do calçado pode favorecer a prevenção do câncer de mama!

Segundo algumas fontes da Rede, isso é para que os homens adivinhassem do que se tratava. Isso mesmo: adivinhassem, como se um número em polegadas representasse uma dica extremamente valiosa.

Sinceridade? Achei a brincadeira totalmente sem sentido e a tal campanha, fraquinha, mesmo. Em primeiríssimo lugar porque câncer nunca é brincadeira...

E tem outra: pouca gente sabe mas câncer de mama não tem incidência somente em mulheres. Os homens também sofrem com a doença e o percentual não é baixo, não. É uma doença que deve ser levada muito a sério e não ser alvo de chacotas pela Internet.

Foi então que resolvi escrever por aqui pelo Blog, como forma de alertar as pessoas sobre a importância de cuidar da saúde, sejam homens ou mulheres, principalmente com relação ao câncer – e não só o de mama. E tudo simples assim, às claras, como deve ser!!!

Alerta dado? Então eu fico com a sensação de dever cumprido!

Ah, só esclarecendo... uma polegada equivale a 2,54 cm!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Falar é com a boca!

Se tem um costume que eu abomino é o de falar com as mãos.

Não aquele agitar típico – dizem – que os italianos têm mas aquela pessoa que não consegue falar com você sem ficar dando tapinhas no seu braço, nas costas, no peito...

Dia destes, encontrei um antigo colega de serviço na fila do Banco. Eu rezei para que o atendimento fosse breve, o que acabou não ocorrendo. No espaço de uma hora conversando com esse sujeito, quase fui a nocaute. Quanto mais ele se empolgava na conversa mais os tapas iam surgindo e variando de força conforme a emoção do que ele contava.

Um sufoco... e é péssimo porque apesar de não gostar dessa situação, como dizer isso à pessoa que está nos batendo? Eu ainda tento brincar, dizendo “...fala mas não me bate...” ou “...cara... vou ficar todo roxo...” – mas o pior é que eles acabam achando graça, riem muito e tome tapa!

Tem aquele que gosta de cutucar. Ao invés do tapinha, enfia o dedo indicador na sua barriga ou na região do ombro. E – caramba! – isso dói!!! Meia hora numa sessão de “dedoterapia” dessas e a gente sai dolorido e com raiva do mundo.

Existe ainda um outro tipo, que tem a mão em forma de torniquete: enquanto fala com você fica apertando seu braço ou sua perna, se estiver sentado, com os dedos polegar e médio. São fisgadas de surpresa, daquelas que quando menos você espera, já foi! Também dói.

Uma vez, já faz um tempinho, ouvi pelo rádio uma confissão do Derico, simpático saxofonista do Sexteto do Jô. Ele contou que em certa ocasião, um desconhecido, num lugar público qualquer, chegou e lascou um tapão na careca dele, como um informal cumprimento. Tem isso, também: há pessoas que confundem tudo porque o Derico pode estar todos os dias na nossa casa mas pela televisão, né? Isso não nos torna íntimos dessas pessoas mas cadê o respeito e o bom senso?

O pior é que não tem como escapar desses verdadeiros lutadores falantes. Quando você menos espera, já levou um tapa, uma cutucada ou um beliscão.

Dureza, viu? Por isso, fico grato quando as pessoas deixam seus comentários por aqui mesmo... sem essas inocentes agressões!

Boa semana pra nós... ai!... sem tapas, por favor!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Em princípio...

Expressões idiomáticas enriquecem qualquer vocabulário e servem como atalho para outras coisas que queremos dizer. Assim, ao invés de gastar um monte de palavras, uma expressão menor acaba dizendo tudo.

Aqui no Brasil somos especialistas nisso. Muitas vezes encontramos aquele sujeito que não vemos há anos e trocamos palavras formais sobre o passado, a família, os amigos comuns. Isso não quer dizer que desejamos qualquer tipo de proximidade com ele e, ao nos despedirmos, é comum falarmos “aparece lá em casa...”. Isso quer dizer exatamente o contrário, ou seja, “foi legal revê-lo mas não passou disso, ok?”. O interlocutor percebe na hora e responde “ah, pode deixar... eu passo lá.”, querendo dizer “fique tranquilo que eu não vou.

Uma das expressões campeãs no ambiente de trabalho é “acho que assim está bom” – para reconhecer que seu relatório ficou uma porcaria mas o chefe terá que engolir. O chefe, por sua vez, dirá que “está interessante mas poderia ser mais completo”, quando sua vontade era dizer “você é mesmo um incompetente”. Mais grave é "passe na minha sala, precisamos conversar sobre isso" que significa, sem sombra de dúvidas, que você foi demitido!

Lá pelas dez ou onze” significa que a pessoa com a qual você marcou um encontro não aparecerá! A variante é “entre dez e onze”.

Na Universidade é comum se dizer “estou terminando” quando a referência é para aquela Monografia que nem foi iniciada. O professor nem responde, só olha...

Certa vez eu passeava num shopping com uma amiga, que gostou de uma determinada roupa numa vitrine. Pedindo minha opinião, fui sincero: “é bonitinha...”. Ela me repreendeu: “minha avó dizia que bonitinho é o feio arrumado”. O pior é que ela tinha razão porque a tal roupa não era lááá essas coisas – até ela acabou concordando e caímos na risada.

Tem uma que é clássica quando encontramos uma garota pela primeira vez, sabe aquele papo morno para causar um certo interesse? Aí, na despedida você pergunta quando a verá de novo e ela responde “vamos nos falando”. Isso quer dizer que ela nunca mais vai querer olhar para a sua cara e que não adianta insistir. Situação pior é quando você até chega a marcar essa outra saída e no acerto das datas ela responde: “em princípio na quinta-feira”. Ah... esse “em princípio é de matar – quer dizer que ela vai sair, sim... e só vai avisar na última hora que não é com você! Assuma que perdeu...

Bom, mas essas frases-feitas de núcleos românticos formam um capítulo à parte. Qualquer sexta-feira destas eu escrevo sobre isso, ficamos assim?

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Aniversário

Hoje é uma sexta-feira muito especial e o espaço da crônica fica reservado para a pessoa mais importante da minha vida, que aniversaria hoje: minha filha!

É curioso falar de minha filha porque quero dizer tanta coisa e ao mesmo tempo tudo trava, os pensamentos se atropelam...

Lembro-me bem do dia de seu nascimento, dos momentos que antecederam o parto, da desabalada mas cautelosa carreira no meio do trânsito de São Paulo para chegar ao Hospital, daquela apreensão natural e, por fim, da visão de um ser humano em miniatura, aburdamente indefeso - e lindo!

Impossível esquecer de todas as experiências, dos momentos mágicos proporcionados a partir de então... a primeira palavra, o gesto de engatinhar, as tentativas para ficar em pé, as noites sem dormir por causa da febre que não queria baixar, o sorriso constante, o olhar meigo.

Acompanhar-lhe o crescimento foi gratificante, notar sua evolução na escola, orientar, mostrar, orientar de novo... e também aprender com sua inocência lógica, respeitar a individualidade, saber quando tinha razão.

É claro que nem tudo na vida são rosas e sempre existirão aqueles momentos negativamente marcantes mas o que importa mesmo é que você saiba, minha filha, que terá sempre em seus pais um refúgio para suas angústias, seus medos e suas dúvidas. Você jamais estará sozinha.

À minha querida filha, fica aqui o registro deste seu aniversário, com esta demonstração pública de afeto – retribuindo o que você sempre distribuiu a todos. Continue sendo a menina carinhosa, delicada e essencial à minha vida. Eu agradeço por todos os momentos bons que me proporciona!

Eu a amo muito.

Um beijo do papai.