sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A conta, por favor!

Chegamos ao final do ano. Mais um ano – ou menos, depende do ponto de vista!

Não tem escapatória, vem sempre aquele mesmo discurso sobre as resoluções de Ano Novo, o comparativo com o que você deixou de fazer das propostas do início deste ano... e por aí vai.

E essas tais resoluções são sempre as mesmas, também...

- Neste ano vou parar de fumar. Agora é pra valer.

- Vou emagrecer vinte quilos neste ano... não, gente... sério... pelo menos uns cinco!

- Não bebo mais, só socialmente. O problema é que minha vida social é tão intensa...

- Entrarei para uma Academia, preciso cuidar do corpo. Talvez faça isso lá para Agosto ou Setembro...

Eu não sei porque as pessoas não se assumem de vez. Não precisam ficar mentindo para si próprias!  Resoluções a gente toma o ano todo, qualquer dia, não precisa data especial, não... ainda mais quando é para nosso benefício, fala a verdade!

Eu me divirto muito com tudo isso!

Tenho plena certeza de que neste ano que está acabando não fiz nada de errado – ou pelo menos de tããão errado.  Vivi minha vida dentro daqueles princípios basilares que aprendi em Direito Romano: 1) viver honestamente; 2) não lesar a ninguém; e 3) dar a cada um o que é seu.

Esse é o grande segredo da vida e que antigos romanos já nos ensinavam há alguns milhares de anos. No mais, vamos aproveitar nossa existência, respeitando cada um e suas diferenças/semelhanças – isso já é o suficiente. A vida pode ser até curta mas tudo depende da intensidade com que a vivemos.

Se você concorda comigo,  pode encarar sua mesa farta sem culpa nenhuma; cuidado com o álcool porque pode ser nocivo à sua saúde mas nada como um brinde de vez em quando, não é?

Sinta-se em paz e em harmonia com o Universo. Tudo gira em equilíbrio e você, eu, todos nós fazemos parte dessa ciranda maravilhosa!

Vamos fechar este ano de 2011 como quem fecha a conta no barzinho: satisfeitos, felizes e...

- A conta, por favor!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Natal


Natal.

Chegamos a uma data mágica do nosso calendário. Pode ser que nem todos acreditem nisso. Não se trata nem de acreditar; basta sentir.

Aliás, Dezembro todo é assim, envolto numa névoa benevolente. As pessoas ficam mais felizes, cordiais. Os enfeites das ruas nos fazem viajar na exata proporção daquelas luzes multicoloridas. De repente nossos problemas parecem diminuir de tamanho. O relógio para.

O Natal é a data mais marcante do ano, sinalizando a chance de bons lucros para o comércio e embalando o sonho de milhões de crianças – e de adultos! – no mundo todo.

Ainda que não queiramos, a figura do Papai Noel povoa nossa cabeça porque é nele que depositamos nossa confiança com relação aos segredos de nossos desejos mais íntimos.

Sejam quais forem nossas crenças, acho que devemos considerar o Natal como o momento mais importante de nossas vidas para uma reflexão, algo como um balanço anual de nossas atitudes. É através desse exercício de auditoria personalíssima que iremos nos avaliar, pesando como nossas atitudes acabaram interferindo na vida de outras pessoas, negativa ou positivamente.

E é nesse clima maravilhosamente contagiante que termino, desejando a todos um Feliz Natal!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Cinquentando

É incrível como o tempo provoca mudanças na gente. Não essas marcas de corpo - já que são as aparentes - mas mecanismos internos começam a atuar de maneira diferente.

Quando chegamos aos cinquenta anos, por exemplo, adquirimos uma outra identidade, é uma época em que não precisamos mais fingir nada diante de ninguém, é como se nos libertássemos de grilhões sociais que nos foram impostos. Depois dos cinquenta passamos a dizer “não” sem qualquer constrangimento e não temos mais obrigação de ficar fazendo graça diante de uma situação que não desejamos. Externamos nossas opiniões com segurança e sem medo de críticas. Conseguimos analisar uma situação e sabemos de antemão como aquilo terminará.

Passamos a ser – enfim! – donos de nós próprios. Se o restaurante tem fila para nos atender, atravessamos a rua e vamos a outro, não temos que ficar nos espremendo ali só porque disseram que o lugar é bom. Aliás, aos cinquenta nós sabemos o que é bom e o que não é. Nossa vontade se torna flexível por opção e não por modismo.

Aos cinquenta, os homens ficam quase totalmente grisalhos e as mulheres quase todas loiras ou com nuances assemelhadas. De cabelos semi-brancos os homens se tornam charmosos, com ar mais circunspecto e as garotas ganham um jeito mais sóbrio e ostentam uma elegância inigualável – coisas que não podem ser adquiridas na juventude.

Ser cinquentão é uma conquista e é justamente por isso que as pessoas, a partir dessa idade, ficam com um olhar maroto de quem já viu tanta coisa, que sabe tanto a respeito de tudo. Eu até proponho a criação do verbo cinquentar.

- Você já cinquentou, Maria?
- Infelizmente ainda não... faltam dois anos...
- O Alfredo cinquentou na semana passada... ficou tão charmoso...

Já pensou que chique?

É isso aí. Cinquentar.

A você, que está cinquentando hoje... seja muito bem vindo a essa nova fase da sua vida! A partir de agora, você vai se livrar de muitos preconceitos e terá a oportunidade de ser verdadeiramente feliz.

Saúde!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Romantismo

- Você não é romântico...
- Eu não sou??? Ué... mas o que é que você chama de romantismo?
- Ah... sei lá... romantismo é ligar pra dizer que a gente faz falta...
- Hum... é que muitas vezes não dá pra ligar... nem sempre se pode parar o que se está fazendo... ou tem pessoas por perto... entendeu?
- Viu como você não é romântico?
- Não fala isso... eu não gosto que as pessoas em volta fiquem ouvindo!
- Mas elas tem que saber...
- Saber o quê???
- Ah... saber que você me ama...
- ?!?
- O que foi que você disse?
- Eu não disse nada!
- Tá vendo só??? Você nunca diz que me ama!!!
- Eu não fico dizendo as coisas porque acho que não precisa! Nós não estamos juntos? Então...
- Então, o quê?
- Já está implícito que nós nos gostamos, ué!
- Mas gostar é diferente de amar...
- Ah, não... você vai filosofar numa hora destas? Eu estou trabalhando...
- Eu quero que você seja romântico e diga que me ama...
- As pessoas são diferentes umas das outras... eu sou diferente de você, não tenho essa necessidade de ficar falando isso o tempo todo!
- Você está me chamando de chata?
- Ai, meu Santo... daqui a pouco nós vamos brigar por causa de uma bobagem...
- Nosso amor é uma bobagem???
- Para com isso... assim você vai acabar me irritando.
- Você é um grosso...
- Eu não falei? Pronto... olha aí a confusão armada...
- Estúpido, insensível...
- Ah, eu??? Cadê o romantismo, agora???
- Eu não quero mais saber de você!!!
- Depois nós conversamos... agora não posso!
- Não tem depois. Está tudo acabado. Era isso o que você queria, não é?
- Amorzinho...
- Amorzinho, o diabo... não vem agradar, agora... vou ligar para o Carlinhos... ele pelo menos me dava atenção...
- Você vai fazer o quê??? Alô... alô... alô...
- Tup... tup... tup... tup...