sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Duvido

Duvido.

Duvido que eu chore.

Não tente porque não conseguirá. Não tenho mais choro, não tenho mais lagrimas.

Já parei para ouvir as músicas que nos fizeram estória. Ouvi de novo e mais uma vez. Resisti. Relembrei nosso primeiro encontro, nosso beijo, nossa última transa. Mentiria para você se dissesse que não senti (sinto) saudade.

Fui criado para ser forte. Mentira, não sou.

Sinto sua falta, seu perfume, o toque dos seus cabelos, a maciez da sua pele. Você me faz uma falta do caramba!

Faz falta a rouquidão da sua voz me pedindo mais (amor). Sinto falta do seu berro, do seu urro, do seu compasso perfeito, das loucuras eróticas na sacada do prédio. Das confidências, dos segredos.

A ausência de nossos corpos faz um eco danado na vida, sabia?

Me sinto sozinho sem sua safadeza, sempre presente. Você enigmática, imponente, carente e autoritária, sedenta e romântica. Tesão, meu amor. Amor e tesão - isso se confunde. Isso me confunde.

Vilã da minha vida, você se fez presente e fugiu, sem explicação, sem porquê, sem motivo – ao menos um!

Agora estou aqui, vazio.

Um vazio de lágrimas que, já disse, ninguém vai ver.

Se quiser, vem um dia, assim meio perdida, como já veio outras vezes, vem roubar de mim o amor que sempre foi seu.