sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A Maçã

A maçã tem marcado o nosso mundo de forma indiscutível. Basta lembrar a estória de Adão e Eva. Tudo começou com uma maçã.

Depois vieram outros episódios.

Guilherme Tell foi obrigado a empunhar arco e flecha acertando uma maçã na cabeça de seu próprio filho.

Isaac Newton só formulou a teoria da gravidade depois de ser atingido por uma... maçã!

Branca de Neve mordeu uma maçã envenenada.

Quem se lembra da gravadora dos Beatles? Isso... a Apple Records.

Em todas essas ocasiões, a maçã sempre mudou o rumo das coisas e teve exemplar importância para os destinos da Humanidade. A maçã celeste fez com que o Homem fosse expulso do Paraíso, a lenda de Guilherme Tell evidenciou confiança e coragem, a observação de Newton revolucionou a Física, a fábula dos Irmãos Grimm tem encantado milhões de pessoas nos últimos duzentos anos. Dos Beatles, então, nem é preciso falar nada. A maçã tem algo de mágico.

A tecnologia do século XX também teve sua maçã – talvez a mais importante para nossa vida moderna: a maçã de Steve Jobs. De tudo o que você vive hoje, em termos de informática e internet, muito se deve a ele. Sonhador, visionário e futurista, esse californiano imaginou um mundo onde cada um dispusesse de um computador para uso pessoal e que pudesse usar essa máquina para trabalhar e se divertir – às vezes tudo ao mesmo tempo.

Hoje em dia é fácil você imaginar isso simplesmente porque tudo já existe. Mas... e há trinta anos atrás?!? Tudo o que você conhece atualmente de tecnologia de informática, já existia na cabeça de Jobs. Percebeu como ele foi um privilegiado, um gênio?

É que os modernismos invadem nossa vida quotidiana e começam a integrá-la de tal forma que nem nos apercebemos disso. Experimente ficar sem seu aparelho celular de última geração, um smartphone com sistema touch screen, deixar de ouvir suas músicas prediletas num aparelho portátil de mp3 ou interagir com seus amigos de redes sociais sem um tablet.

Jobs conseguiu mudar o computador, transformando aquela máquina pesada num instrumento que cabe na palma da sua mão. Tudo isso se traduz na simplificação de coisas extremamente complexas e na rapidez das informações. Em questão de poucos minutos você tem notícias diretamente do outro lado do Globo e vive os acontecimentos de forma simultânea. Não existem mais barreiras, nem de tempo.

Nesta última quarta-feira eu tomei conhecimento da morte de Steve Jobs pela Internet, antes mesmo que qualquer canal de televisão noticiasse – e, ironicamente, por intermédio de meu Macbook, um dos muitos aparelhos criados por ele. Foi a criatura divulgando a morte de seu criador.

Parafraseando Jobs, é natural e salutar que o velho dê lugar ao novo porque no Universo sempre existe esse processo de renovação, de mudança. Sábio conceito, claro, mas o fato é que pessoas deixam saudades.

Eu acredito que nosso mundo não se resuma aqui e que existam até outras dimensões para serem exploradas, desvendadas e melhoradas. Com certeza num desses locais estará Steve Jobs. E, lógico, sua maçã!

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