sexta-feira, 11 de maio de 2012

Anna

Lembrei de você, Anna.

Claro que não foi por acaso. Na verdade, você não sai da minha cabeça.

Desde que nos conhecemos, foi a mulher mais marcante da minha vida:
conseguiu me ensinar coisas... nossa... jamais esqueci!

Vou ser réu confesso pois muitas outras tentaram fazer o mesmo mas não conseguiram. Sabe por quê? Sua voz sempre vinha na minha cabeça e eu acabava me guiando por aqueles seus palpites tão sábios. 

Eu sei que nosso amor foi meio desproporcional. Você me amava muito, aliás, sempre me amou e eu, embora dissesse o mesmo, insistia em procurar outras mulheres. Esnobei você, acreditei que sabia de tudo... doce ilusão!!!

Quando eu quebrava a cara, você me recebia de volta, com um sorriso de reprovação, um beijo quieto e carinhos. Isso tudo me reconfortava e me dava ânimo.

Sempre fui assim, meio volúvel, não é mesmo, Anna? Coisas da juventude, bobagem de auto-afirmação, explosão de hormônios... mas acho que é assim com todo mundo. Vacilei, não é? E você sempre soube...

Por causa dessas tolices acabamos brigando muito. Às vezes eu ficava tão magoado com suas críticas e comigo mesmo que nem tinha vontade de conversar. Tá certo... você nunca me obrigou nessa coisa de “discutir relação” mas suas palavras, embora mansas, doíam. Seu olhar naquele misto de compreensão e reprovação sempre foram, para mim, um castigo severo. E sabe por quê, Anna? No fundo, você sempre tinha razão, sempre teve.

O tempo – e você sempre me falou nisso – acabou me  ensinando o resto que eu me recusava a aprender:  com o tempo acabamos aprendendo, por bem ou por mal.

Hoje estamos separados – e para sempre, pelo menos neste nosso relógio terreno. Uma pena, pois sinto vontade de ligar para você e contar um pouco da minha vida, pedir conselhos para meus problemas, solicitar uma luz para meu futuro... ahn... mas agora não dá mais! Você se foi!

Confesso aqui, reafirmando: você foi a mulher mais importante da minha vida. Eu só continuo caminhando em função da sua voz, que continua nítida na minha cabeça e, principalmente, no meu coração.

Mãe, minha amada mãe Anna... eu não poderia deixar de mencioná-la aqui, para que fique gravado para todo o sempre, que eu a amo e sempre a amei.

Longe dessas propagandas do Dia das Mães, hoje eu não tenho apego comercial algum, não tenho um presente embrulhado com papel bonito, não trago um laço vermelho.

Tenho apenas meu coração aberto e com muita saudade... muita!

Guardo a certeza que no plano mais alto em que você está, continua auxiliando os que a procuram, sempre com aquela sua frase de estímulo que me guia até hoje: “...não pensa negativo pois acaba atraindo...”.

Não penso não, mãe...

Beijos... saudade!!!

3 comentários:

Ira disse...

Reinaldo, fiquei emocionada com este texto, também lembro assim de minha mãe Eugenia e sei que cada palavra saiu do fundo do teu coração...

Ira disse...

Reinaldo, fiquei emocionada com seu texto, linda homenagem à dona Anna. Também lembro assim da minha mãe e sei que cada palavra saiu do fundo do teu coração.

masettos disse...

linda homenagem!!!!