Faz algum
tempo que não escrevo e se isso acabou acontecendo foi por falta de estímulo. O
Brasil anda num marasmo muito grande e a rotina dos fatos e escândalos repetitivos
me leva a pensar se compensa ficar debatendo sempre as mesmas coisas. Nada
muda, não existe nada de novo, apenas roupagens novas para velhos manequins.
Em junho
deste ano, pensei que estivesse nascendo um momento diferente em nossa
História, com os jovens saindo às ruas para reivindicar diminuição nas
passagens dos transportes públicos das principais cidades brasileiras. Aquilo
pareceu um movimento cívico de relevância, a juventude comprometida com os
destinos políticos do País, engrossando as reivindicações ao exigir moralidade
nos atos públicos, combate à corrupção generalizada e prisão dos processados
pelo conhecido escândalo do “mensalão”.
Foi tudo
muito bonito.
Infelizmente,
só isso. Tudo não passou de uma grande encenação pois na vida prática não mudou
absolutamente nada. A única coisa que aconteceu foi a redução de míseros vinte
centavos nas passagens dos transportes coletivos. Não foi efetivada qualquer
medida de combate à corrupção nos mais variados setores, nenhuma medida para
resgatar a moralidade pública e os já condenados pelo “mensalão” não só
continuam soltos como conseguiram anular o julgamento para promover um outro,
que levará - sabe Deus! - quantos anos para ser concluído.
Até mesmo certas
pessoas que se mantiveram silentes durante todas aquelas manifestações e
passeatas – ainda que figurassem como principais alvos de ataque, agora resolveram
dar o ar da graça: ressurgindo nas manchetes e dando palpites na vida política
do País.
Como no
velho dito popular, “está tudo como dantes no Quartel d`Abrantes”.
Estou
começando a concordar com os turistas que enxergam o Brasil como “o País do
Carnaval”: só futebol e cachaça, samba e mulher pelada.
É isso aí.
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