sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Nada mudou

Faz algum tempo que não escrevo e se isso acabou acontecendo foi por falta de estímulo. O Brasil anda num marasmo muito grande e a rotina dos fatos e escândalos repetitivos me leva a pensar se compensa ficar debatendo sempre as mesmas coisas. Nada muda, não existe nada de novo, apenas roupagens novas para velhos manequins.

Em junho deste ano, pensei que estivesse nascendo um momento diferente em nossa História, com os jovens saindo às ruas para reivindicar diminuição nas passagens dos transportes públicos das principais cidades brasileiras. Aquilo pareceu um movimento cívico de relevância, a juventude comprometida com os destinos políticos do País, engrossando as reivindicações ao exigir moralidade nos atos públicos, combate à corrupção generalizada e prisão dos processados pelo conhecido escândalo do “mensalão”.

Foi tudo muito bonito.

Infelizmente, só isso. Tudo não passou de uma grande encenação pois na vida prática não mudou absolutamente nada. A única coisa que aconteceu foi a redução de míseros vinte centavos nas passagens dos transportes coletivos. Não foi efetivada qualquer medida de combate à corrupção nos mais variados setores, nenhuma medida para resgatar a moralidade pública e os já condenados pelo “mensalão” não só continuam soltos como conseguiram anular o julgamento para promover um outro, que levará - sabe Deus! - quantos anos para ser concluído.

Até mesmo certas pessoas que se mantiveram silentes durante todas aquelas manifestações e passeatas – ainda que figurassem como principais alvos de ataque, agora resolveram dar o ar da graça: ressurgindo nas manchetes e dando palpites na vida política do País.

Como no velho dito popular, “está tudo como dantes no Quartel d`Abrantes”.

Estou começando a concordar com os turistas que enxergam o Brasil como “o País do Carnaval”: só futebol e cachaça, samba e mulher pelada.


É isso aí.

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