sexta-feira, 4 de março de 2011

JULGAMENTO DA INTERNET

Uma parte da Imprensa, nesta última semana, se ocupou em noticiar o assassinato de uma moça, em Minas Gerais, crime esse cometido por um rapaz que ela conheceu pela Internet. Aí vem todo mundo contra as redes de relacionamento social ou os sites de encontros, como se fosse a informática a grande vilã desses acontecimentos.

Tem gente com medo até de olhar para um computador: teclado lembra crime e mouse cheira a sangue. Nada mais errado. Já começaram a circular os primeiros e-mail com dicas de como se proteger nas redes sociais. Especialistas dão entrevistas a repórteres das grande emissoras ensinando como não cair nas mãos de internautas criminosos.

Acho tudo isso um alvoroço danado. Cuidados a gente tem que ter sempre, com qualquer pessoa, seja de que lugar for.

Analise comigo: você vai se divertir com seus amigos num barzinho e tem sua atenção despertada por alguém que parece muito especial. É mais ou menos natural que ocorra uma aproximação. Daquele papo morno e sem graça a princípio sempre sobra um número de telefone, um encontro fora dalí e muitas vezes o início de um namoro. Quem garante que aquela pessoa é honesta ou não é mais uma estelionatária? Por que a sociedade tem esse dedo acusatório na Internet e absolvem as outras formas das pessoas se conhecerem?

Não existe um manual básico anti-crime mas existem regras de bom senso que valem muito.

O que ocorre é que a maioria das pessoas se expõe demais e o aparente anonimato da Internet propicia isso. Há redes sociais em que as pessoas ficam o dia inteiro narrando suas vidas, minuto a minuto. Eu fico pensando para quem isso pode interessar e se essa gente não tem nada mais importante para fazer na vida. Colocam fotos em viagens internacionais, dizem coisas que bem demonstram sua vida patrimonial – e a troco do quê? É mais do que óbvio que assim agindo, despertam a atenção de bandidos de toda espécie, seja para um golpe de estelionato até um sequestro, sei lá.

Impossível esquecer que, infelizmente, ocorrem crimes todos os dias e sem qualquer participação informática; são pessoas que se conheceram na fila do cinema, num restaurante, no trabalho ou faculdade – não importa. A essência do crime não está na Internet – mesmo porque o delito só se consuma no contacto direto, pessoal.

Não estou inocentando a Internet, quero que as pessoas se conscientizem que precisam se preservar mais! Parem de colocar nos sites elementos que induzam à cobiça. E não se iludam com supostos príncipes/princesas e suas estórias mirabolantes – pelo computador ou fora dele. Eu já conheci dezenas de garotas pela Internet e pude perceber como elas eram conversando ao telefone, notando se falavam corretamente, se sabiam escrever, etc. Depois, o contacto pessoal e nossa experiência, nosso feeling nos mostram o resto. Essas “peneiras” são necessárias para que não nos envolvamos com qualquer um.

Como já dizia minha mãe: cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

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