sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A ameaça que vem do espaço

Quem avisa é a NASA: nesta semana, um satélite artificial, colocado em órbita para pesquisar a atmosfera há vinte anos, cairá em algum ponto do planeta.

O artefato pesa seis toneladas e deverá ser fragmentado em vinte e seis pedaços. A agência espacial americana tranqüiliza os terráqueos porque as chances de algum pedaço da nave atingir alguém é da ordem de 1 em 3.200. Computando-se os sete bilhões de habitantes da Terra, os números para atingir VOCÊ são de 1 em 22 trilhões - mais confortável, não é? Ah, e também explica que se um pedaço do satélite cair no seu quintal, nem pense em botar a mão nele porque trata-se de propriedade dos Estados Unidos e você não pode se apoderar como se fosse um souvenir.

O que eu acho engraçado é que esses cientistas colocam no espaço seis toneladas de aço – mais ou menos o peso de seis peruas Kombi – e, de repente avisam “olha, o satélite cumpriu suas funções nestes últimos vinte anos e agora vai cair, não sabemos exatamente quando e muito menos onde”.

A única certeza que eles dão é que o monstrengo sofrerá atrito com o ingresso na atmosfera terrestre e se partirá nos tais vinte e seis pedaços mas a chance de você ser atingido é mínima.

Já que perguntar não ofende, se eles não sabem nem onde essa geringonça vai cair, como é que podem afirmar essa divisão de pedaços tão exata?

Isso tudo me faz pensar que nessa imensidão de números, estatísticas, percentuais e índices, o ser humano perde feio para o acaso. Há alguns anos, mais precisamente em 11 de julho de 1979, o laboratório espacial Skylab, também norteamericano, caiu na Terra depois de permanecer alguns anos no espaço: houve um problema técnico que forçou sua queda. Da mesma maneira como hoje, também ninguém tinha a mais vaga idéia de como e onde a estação orbital se projetaria na sua atrapalhada volta ao planeta. Alguns fragmentos caíram no Oceano Índico e outros na costa oeste da Austrália e, felizmente, ninguém se machucou.

Esses fatos só ajudam a engrossar a teoria de que o Homem jamais pisou em solo lunar, façanha que demandaria cálculos hiperexatos, sem qualquer margem de erro. Se não se consegue lidar nem com um satélite meteorológico que está orbitando nosso próprio planeta, como supor o controle de uma nave a trezentos e oitenta e quatro mil quilômetros, há quarenta e dois anos?!?

Mas acho que ninguém precisa se preocupar com algum tipo de acidente com um desses vinte e seis pedaços de metal pois eles tendem a se desintegrar totalmente quando da passagem pela atmosfera. Não fosse assim e seríamos atingidos diariamente por boas dezenas de detritos que vagam pelo espaço e nos dão o espetáculo das estelas cadentes. Na verdade, o satélite artificial deve cair nesta sexta-feira à tarde... ei!!! – é hoje!!!

Bom, vou cruzar os dedos para que não caia alguma coisa na minha cabeça! Isso vai ser fácil de constatar: se na próxima sexta-feira não tiver Blog...

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